June 25, 2020
European Solar Telescope starts operating in 2027 with Portuguese participation
The future European Solar Telescope (EST), which has Portuguese participation and was presented today in Coimbra, should start operating in 2027 in the Canary Islands (Spain) to study the influence of the Sun on Earth.

A partir dos dados científicos proporcionados pelo EST (sigla em inglês), as entidades envolvidas no projeto pretendem investigar os impactos da atividade solar nas pessoas e em geral na vida do planeta, bem como nos equipamentos tecnológicos, por exemplo.

O novo Telescópio Solar Europeu foi apresentado a cientistas e empresários no âmbito do Portugal EST Day, um evento em formato ‘webinar’ organizado pela Universidade de Coimbra (UC), através do Observatório Geofísico e Astronómico (OGA) e do Centro de Investigação da Terra e do Espaço.

O empreendimento, coordenado por uma equipa de cientistas das Canárias, “é um investimento do governo espanhol e de instituições de outros países” da União Europeia, disse à agência Lusa Ricardo Gafeira, investigador do OGA.

“Cabe a Portugal assegurar 1,5 a 2% do investimento. Esperamos que outros centros científicos portugueses façam parte do projeto”, adiantou.

A verba total necessária para construir e instalar o EST ainda não está calculada em definitivo, mas os investigadores de Coimbra já sabem que a parcela nacional a investir rondará os três milhões de euros.

“Metade deste investimento reverte para Portugal, através de contratos com a indústria”, enfatizou à Lusa, por seu turno, o investigador Nuno Peixinho, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC.

No encontro virtual, realizado hoje a partir do Observatório Geofísico e Astronómico, em Santa Clara, os promotores procuraram “demonstrar o que fazer e o que podem fazer” as instituições associadas do EST, afirmou Ricardo Gafeira, salientando a importância de “abrir portas para que a investigação aconteça” também nesta área.

O EST será “um telescópio de quatro metros, otimizado para estudos do magnetismo solar e das camadas solares mais exteriores, como a fotosfera (que aos nossos olhos parece ser a sua superfície) e a cromosfera (que apenas vemos durante os eclipses)”, informa a UC, numa nota enviada à Lusa.

O Portugal EST Day, que reuniu cientistas e representantes de empresas, pretendeu, segundo Nuno Peixinho, “apresentar as oportunidades que este projeto oferece às comunidades científicas e industriais portuguesas”.

“As variações da atividade magnética solar induzem alterações terrestres que podem afetar milhões de humanos num breve espaço de tempo”, de acordo com o investigador.

Promovido pela Observatório Geofísico e Astronómico, membro da Associação Europeia de Telescópios Solares (EAST), e pelo Centro de Investigação da Terra e do Espaço da UC, o evento teve apoio da UC Business e da Portugal Space – Agência Espacial Portuguesa.

CSS // JMR
Lusa / Fim
Header Photo © EST